Neste início de ano, as cinco capitais nas quais os projetos de energia solar fotovoltaica de pequenos negócios, condomínios, hospitais, shopping centers e residência têm o melhor retorno no Brasil são Teresina (PI), Belém (PA), Manaus (AM), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ).

Já, no caso das grandes unidades consumidoras atendidas em alta tensão, as cinco capitais mais atraentes para os projetos de energia solar são Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), Cuiabá (MT), Goiânia (GO), e Brasília (DF). É o que apurou o Índice Comerc Solar de novembro, levando em conta os últimos reajustes autorizados no início do mês sobre as tarifas de eletricidade nas distribuidoras locais.

O Índice Comer Solar, que abrange todas as capitais do país, além de outras quatro cidades paulistas, altera-se à medida em que são autorizados novos reajustes nas tarifas de eletricidade. O seu ranking leva em conta a irradiação solar de cada região, a tarifa de energia convencional cobrada no local, assim como a taxa de ICMS em vigor no estado.

16,4 mil produtores de energia

“A energia solar fotovoltaica chegou para ficar”, afirma Cristopher Vlavianos, presidente do Grupo Comerc Energia e da Comerc Solar, empresa especializada em projetos de geração de energia solar fotovoltaica. Ele cita os dados  da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que indicam que a geração de eletricidade a partir da luz captada em painéis instalados nos telhados das casas ou no terreno do estacionamento das empresas já bateu na casa de 136 MW de potência instalada em 16,4 mil unidades no Brasil.

“O volume de energia produzida em projetos de energia solar fotovoltaica de geração distribuída já equivale à eletricidade produzida por uma hidrelétrica média. No entanto, o potencial de geração de energia solar pelo próprio consumidor no Brasil é, com as tecnologias atuais, pelo menos 12 mil vezes maior, ou de 164 GW”, acrescenta.

Ritmo exponencial de crescimento

O ritmo de novos projetos solares fotovoltaicos em todo o país  está na casa dos 140% ao ano, já que o país detinha 57 MW de potência instalada ao final de 2016, conforme dados do Balanço Energético Nacional (BEN) de 2017*. “E deve se acelerar ainda mais nos próximos anos”, garante Vlavianos. “Quando o brasileiro se der conta das vantagens dessa geração e como o retorno de seu investimento é rápido, veremos uma demanda ainda maior por essa fonte energética”, afirma o executivo.

De acordo com o Índice Comerc Solar deste mês, o payback dos projetos de energia solar fotovoltaica de baixa tensão dá-se entre 3,1 anos a 7,6 anos nas principais capitais do país. Já, quando se tem em vista os projetos de alta tensão, típicos de grandes empresas, o retorno do investimento varia de 4,9 anos a 12,3 anos.

Tomada de decisão

Idealizado em agosto de 2016, o Índice Comerc Solar já foi revisado algumas vezes, em linha com as mudanças do cenário de tarifas de energia no País. “Queremos que este índice possa contribuir para a tomada de decisão de quem quer apostar nessa fonte de energia totalmente limpa, renovável e que terá um apelo cada vez maior no país, principalmente com o desenvolvimento da indústria local de equipamentos solares”, afirma Vlavianos.

O executivo lembra que a localização do Brasil – próximo à linha do equador – favorece uma incidência quase vertical de raios solares. “Essa irradiação solar é favorável à produção de energia ao longo do ano inteiro, mesmo durante o nosso inverno”.

Confira nos gráficos a seguir o índice de irradiação de cada capital, o custo da tarifa de energia convencional e a incidência do ICMS locais.

Ranking Potencial Solar – Unidades Consumidoras atendidas em Baixa Tensão

Ranking Potencial Solar – Unidades Consumidoras atendidas em Alta Tensão

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