Na segunda semana de Julho, a Comerc Energia participou da reunião do Plano de Operação Energética 2015/19 – PEN. O PEN é revisado anualmente e contempla o planejamento de operação do sistema elétrica para os próximos 5 anos.

O Gerente Executivo de Programação da Operação, Francisco José Arteiro de Oliveira, iniciou a reunião destacando a importância do atendimento no horário de ponta. Não basta apenas disponibilidade de energia, mas também potência.

Outro ponto é que as novas hidrelétricas serão majoritariamente a fio d’água, sem reservatórios, o que reduz a capacidade de regularização do armazenamento no SIN. Com isso, o Sistema Interligado Nacional ficará mais dependente da afluência nos rios. Essa informação é reforçada pela relação entre energia armazenada e carga líquida nos anos de 2015, 2019 e 2021, conforme o gráfico abaixo:

Fonte: ONS

Fonte: ONS

O índice acima informa quanto tempo o país conseguiria consumir a energia armazenada se todos os reservatórios estiverem a 100%, na capacidade máxima. Em 2015, esse suprimento está em 5,6 meses, passando para 5,1 meses em 2019 e chegando a 3,35 meses em 2021.

Além da redução dos empreendimentos hídricos com grandes reservatórios, as energias complementares estão crescendo:

Previsão de crescimento da energia solar e eólica

o   Eólica cresce 222% até 2019

o   Previsão de redução da participação hidráulica de 73,7% em 2014 para 68% em 2019, na matriz

Segundo o ONS, o balanço de garantia física no SIN está positivo, com energia disponível superior à carga em todos os anos – aproximadamente 7.000 MW médios em 2015 até 13.000 MW médios em 2019.

Os fenômenos climáticos indicam previsão de El Niño fraco a moderado, com pico em outubro e novembro deste ano. São esperadas chuvas no Sul acima da média para os próximos 3 meses.

Leilões previstos para 2015:

  • 14/8 (solar fotovoltaica)
  • 21/8 (hidro, eólica, térmica a GN)
  • 13/11 (solar fotovoltaica e eólica)

Sobre os fatos recentes:

A carga segue em queda. Os estudos do PEN foram realizados de acordo com a 1ª Revisão Quadrimestral da Carga. Uma semana após a reunião, o ONS divulgou a 2ª Revisão Quadrimestral da Carga em julho, quando normalmente seria divulgada em setembro, veja mais informações.

As afluências ficaram abaixo da média histórica entre janeiro e maio de 2015, nas principais bacias da região Sudeste. Na bacia do Grande, por exemplo, foi registrada a terceira pior afluência do histórico e, no Paranaíba, a décima pior. No Nordeste, a afluência no período foi a segunda pior do histórico.

O estudo do PEN considerou os valores esperados de ENA para o Norte e o Sul, e o limite inferior para o Sudeste e Nordeste de maio a novembro:

  • Sudeste: 75% da MLT
  • Sul: 100% da MLT
  • Nordeste: 53% da MLT
  • Norte: 100% da MLT

O armazenamento esperado nessas condições de ENA, ao final do período seco, em novembro, é de 20,3% no Sudeste e 12,7% no Nordeste.

Ações adicionais para 2015:

Retomada do despacho de Uruguaiana (480 MW) começa após o fim do inverno argentino, com importação de até 1.000 MW. Também haverá importação de energia do sistema elétrico uruguaio, por meio das conversoras de Rivera e Melo.

O ONS segue preocupado em acompanhar as condições energéticas, de modo a estimar com antecedência o nível do armazenamento.

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