Nos primeiros dias de 2016, os grandes centros mundiais de meteorologia começaram a fazer simulações computacionais para observar o caminho que deve seguir o El Niño atual. As primeiras previsões mostram que o fenômeno está enfraquecendo e deve acabar entre o outono e o inverno de 2016 do hemisfério sul. Entretanto, seus efeitos devem ser sentidos no período chuvoso de 2016-2017, que ocorre durante a primavera e o verão em nosso hemisfério.

No histórico de 65 anos de registros dos fenômenos El Niño e La Niña, abaixo, observamos que o El Niño deste ano está disputando a segunda colocação com o El Niño de 1997-1998, ficando atrás somente do El Niño de 1982-1983, o mais forte da história

Índice que serve como base para classificação dos El Niños e La Niñas para o período de janeiro de 1950 a novembro de 2015

Índice que serve como base para classificação dos El Niños e La Niñas para o período de janeiro de 1950 a novembro de 2015

Quando ocorre um El Niño intenso como o que estamos vivenciando, o oceano Pacífico transfere uma quantidade grande de calor rapidamente para atmosfera e, em seguida, há um resfriamento. Essa sequência de eventos tende a propiciar o fenômeno La Niña, que tem efeito oposto sobre o clima. Este movimento foi observado após o El Niño de 1997-1998, que foi seguido por um La Niña em 2000-2001.

É possível que no primeiro trimestre de 2017 vejamos o início do fenômeno La Niña, mas vale pontuar que, após o fim de um El Niño, existe um período de neutralidade, que costuma durar de 5 a 6 meses.

Os centros de meteorologia observaram que o El Niño atual tem características similares às do El Niño de 1997-1998. Se essa semelhança for mantida, espera-se que o La Niña apresente as mesmas características do que ocorreu em 2000-2001, isto é, uma inversão dos impactos, onde a região Sul deve apresentar seca e as regiões Norte e Nordeste cheias.

Histórico do El Niño no Brasil

mapa 1

Mapa 1

mapa 2

Mapa 2

Observando as figuras acima, nota-se que, no período chuvoso de 1998-1999, o El Niño influenciou o regime de chuvas no Brasil (mapa 1). As regiões Norte e Nordeste apresentaram chuvas abaixo da média, enquanto a região Sul do país apresentou valores de precipitação acima da média. Naquela ocasião, mesmo depois do enfraquecimento do El Niño, seus efeitos foram sentidos no período chuvoso seguinte.

Com a configuração do La Niña no ano de 2000 no período chuvoso entre os anos 2000-2001, houve uma inversão (mapa 2). As regiões Norte e Nordeste apresentaram chuvas acima da média e a região Sul apresentou chuvas abaixo da média.

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