O setor de Veículos e Autopeças lidera com folga o Índice Comerc Energia. Os resultados positivos e a liderança no ranking dos setores que mais aumentaram o seu consumo de energia se repete desde maio passado. Na edição de fevereiro do índice, a categoria consumiu 16,51% mais energia que no mesmo mês de 2017. No sentido inverso, as maiores quedas no mês, em relação ao mesmo período do ano passado, foram registradas por Manufaturados (-3,76%) e Comércio e Varejista (-4,08%). Nesse mesmo intervalo, o consolidado de todos os onze segmentos monitorados indica um aumento de 2,86% no consumo, culminando em uma sequência de oito meses seguidos de resultados positivos.

“Com poucas exceções, vemos que a grande maioria dos segmentos acompanhados vem registrando aumentos consistentes de consumo de eletricidade, o que indica, felizmente, uma maior produção na indústria”, afirma Cristopher Vlavianos, presidente da Comerc. A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), por exemplo, divulgou que em fevereiro 213,5 mil veículos foram produzidos no País, 6,2% a mais que no mesmo período, em 2017.

Já, segundo o executivo, a queda no consumo do segmento de Comércio e Varejista deve-se a temperaturas mais baixas em fevereiro em relação ao mesmo mês no ano passado. “Nesse segmento, em particular, as variações de consumo de energia estão muito mais atreladas às oscilações de temperaturas e ao acionamento do ar condicionado nas lojas e shopping centers”, explica. Em fevereiro de 2018 a média das temperaturas máximas em São Paulo, principal mercado das unidades consumidoras de energia do segmento de Comércio e Varejista do Índice Comerc Energia, foi de 27,4 graus centígrados, mais de três graus inferior à média das máximas de fevereiro de 2017, quando os termômetros registravam 30,5 graus centígrados. “Um fevereiro mais frio indica menor necessidade de acionamento de refrigeração”, frisa Vlavianos.

Oscilações pontuais

 

As variações entre fevereiro e janeiro de fevereiro captaram algumas oscilações pontuais. A principal delas deu-se no segmento de Eletromecânica. “Janeiro costuma concentrar férias coletivas na indústria, o que, em parte explicaria um consumo maior de energia em fevereiro sobre janeiro”, afirma o economista da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Luiz Cezar Rochel. “Mas acredito que esse aumento esteja ligado, também, a um início de recuperação do setor de equipamentos elétricos de média tensão e de distribuição de energia”, comenta.

“Ainda não temos os dados do IBGE relativos a fevereiro, mas a nossa análise é que o segmento já tenha batido no fundo do poço e, daqui para frente, veremos o início da sua recuperação”, acrescenta. Rochel informa que, ao longo de todos os meses de 2017, o setor de eletromecânica apresentou resultados abaixo dos de 2016. “É bom lembrar que a recuperação da produção dá-se sobre uma base de 2017, mas, ainda assim, é uma ótima notícia”, comemora.

O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1.600 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 820 grupos industriais e comerciais que compram energia elétrica no mercado livre.

(*) OBS.: Desde setembro de 2017 o Índice Comerc Energia suprimiu a categoria de produtos de Higiene e Limpeza, a qual foi incorporada no segmento de Química

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