O feriado de Carnaval impactou negativamente quase da metade dos segmentos apurados pelo Índice Comerc. De acordo com o levantamento, seis dos 11 setores (alimentos; comércio e varejo; materiais de construção; siderurgia e metalurgia; têxtil, couro e vestuário; e veículos e autopeças) acabaram registrando queda no consumo de energia no período, prejudicados por dois dias e meio de inatividade.

Os casos mais extremos foram os de comércio e varejo e siderurgia e metalurgia, com quedas superiores a 4% na comparação com o mesmo mês de 2018. Por outro lado, manufaturados e eletromecânica mantiveram a tendência de forte crescimento de consumo energético no ano, registrando, respectivamente, altas de 7,18% e 4,49%.

Fonte: Comerc Energia

 

“Tradicionalmente, feriados que impactam a produção por tantos dias acabam sendo fatores de forte influência no consumo de energia. O fato do Carnaval de 2018 ter ocorrido no mês de fevereiro amplificou ainda mais o impacto nos números apurados pelo Índice Comerc”, diz Marcelo Ávila, Vice-Presidente da Comerc Energia.

Para entender qual foi o real nível de influência de um dos mais populares feriados brasileiros no segmento de energia, foi feito um recorte descontando os dois dias e meio do Carnaval. O resultado demonstrou que março esteve longe de ser um mês negativo para a economia brasileira, de modo geral.

Apenas três segmentos – comércio e varejo, siderurgia e metalurgia e têxtil, couro e vestuário – mantiveram o viés de queda, mas com retrações mais leves. Comércio e varejo, que caiu quase 5% no recorte com o Carnaval, registrou retração de 1,67% na análise descontado o feriado. Siderurgia e metalurgia teve -1,03%, ante mais de 4% seguindo a metodologia tradicional do Índice Comerc, e têxtil, couro de vestuários consumiu -0,52% energia, se descontado o Carnaval, enquanto registrava oscilação negativa de 3,73% considerando o feriado.

Fonte: Comerc Energia

 

“Ao analisar as duas medições, percebemos que, em uma visão macro, o mês de março foi impactado pelo Carnaval, mas se analisarmos unicamente os dias úteis trabalhados, houve uma compensação no consumo de energia em boa parte de nossa cadeia produtiva”, explica Ávila. No caso dos números revisados, além dos já citados setores de manufaturados e eletromecânica, também merecem destaque os segmentos de papel e celulose e embalagens, com crescimentos acima da marca dos 4%.

Metodologia

O Índice Comerc Energia, publicado mensalmente, leva em conta o consumo das cerca de 1900 unidades na sua carteira, pertencentes a mais de 910 grupos industriais e comerciais que compram energia elétrica no mercado livre.

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