O Índice Comerc Solar de agosto de 2018 comprova, mais uma vez, que a energia solar fotovoltaica é um investimento de rápido retorno em todas as capitais do país.

Os consumidores de baixa tensão de Teresina (Piauí), que fica na área da distribuidora Cepisa, são os que têm um payback (retorno de investimento) mais rápido, de 2,86 anos. O retorno mais lento dá-se em projetos de alta tensão em Rio Branco (Acre), na área da distribuidora EletroAcre, com um payback de 8,21 anos.

“Em qualquer caso, estamos falando de um investimento interessante, visto que a vida útil dos módulos fotovoltaicos é de 25 anos, em média. Ou seja, depois do tempo de retorno do investimento, o consumidor poderá usufruir de uma energia gratuita por todo o restante do tempo de vida do projeto”, explica Marcel Haratz, diretor da Comerc ESCO.

Depois de Teresina, as capitais com menor tempo de retorno na baixa tensão são Manaus – distribuidora Amazonas – com 3 anos e Campo Grande – Energisa MS – com 3,07 anos.

Já na alta tensão, usada por grandes consumidores de energia, os melhores retornos acontecem em Manaus (4,26 anos), Brasília (4,45 anos) e Teresina (4,61 anos).

Ranking das capitais brasileiras 

Confira abaixo o ranking do Índice Comerc Solar das capitais brasileiras na baixa tensão (usada em residências e em pequenos negócios) e na alta tensão (usada em indústrias e grandes empreendimentos).

 

Metodologia

O cálculo do tempo de retorno do investimento do Índice Comerc Solar varia, principalmente, conforme a alteração das tarifas de energias cobradas pelas distribuidoras. Assim, a cada nova alteração de tarifas, o ranking muda. O payback de um projeto de energia solar é estimado levando-se em conta quanto um consumidor de energia deixaria de pagar à sua distribuidora quando passar a gerar a sua própria energia por meio de painéis fotovoltaicos.

Geração Distribuída em expansão

O total de unidades de geração solar fotovoltaica de geração distribuída – aquelas estão nos telhados das casas ou nos estacionamentos de empreendimentos particulares – mais que dobrou desde janeiro. “Estamos assistindo a um crescimento exponencial da adesão à energia solar fotovoltaica”, afirma Haratz. Ele lembra que, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), se em janeiro o país possuía 16,4 mil unidades com uma potência instalada de 136 MW, hoje o número mais que dobrou: são mais de 34 mil unidades, as quais somam uma potência instalada de 329 MW. “Estamos falando do equivalente a mais de 30 pequenas centrais hidrelétricas ou três usinas hidrelétricas médias”, estima o diretor. No entanto, o potencial de geração de energia solar pelo próprio consumidor no Brasil é, com as tecnologias atuais, pelo menos 500 vezes maior, ou de 164 GW de potência a ser instalada.

“Coincidentemente, este é exatamente a produção global de geração distribuída de energia solar fotovoltaica em 2018, segundo dados da Bloomberg New Energy Finance, divulgados no início deste mês de agosto”, ressalta Haratz. “A título de comparação, Itaipu possui uma potência instalada de 14 GW. Na prática, o planeta já produz em energia solar fotovoltaica o equivalente a quase 12 usinas de Itaipu em termos de capacidade instalada. E os telhados das casas brasileiras têm o potencial para produzir essa mesma quantidade de energia”.

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