O desafio dos 10 anos, ou mais conhecido como #10YearsChallenge, mostrou como as coisas podem mudar em uma década. E podemos falar isso sobre qualquer coisa, inclusive empresas, conceitos e setores de um país.

Em 10 anos, o setor elétrico brasileiro teve grandes mudanças, como a capacidade instalada de energia eólica no país. Em 2009, energia eólica era responsável por apenas 320 MW de toda a energia do Brasil. Em 2019, já são 13.789 MW, um salto de 4.200% no período.

Com esse crescimento, a fonte eólica é hoje responsável por 8,6% da capacidade instalada (em 2009, esse índice era 0,3%). A energia solar ainda pode avançar, e muito, mas já apresentou avanços nos últimos anos. Em 2009, essa fonte não tinha nenhuma representatividade, hoje ela representa 1,1% da energia no Brasil (1.773 MW).

A fonte nuclear, por outro lado, não teve absolutamente nenhuma mudança em dez anos. Já a hidrelétrica, apesar de ter aumentado sua capacidade instalada (de 83.050 MW para 110.427 MW), perdeu representatividade na matriz elétrica do país. Em 2019, ela é responsável por 68,9% e, em 2009, esse número era de 82,1%.

Outro dado que mostra as mudanças e tendências da energia renovável e tecnologia é o grande salto da Geração Distribuída (GD). Em 2009, os projetos de GD somavam apenas 0,03 MW, já em 2019, são 651 MW de potência instalada vindas principalmente de energia solar (84%).

A maior oferta de energia no país está em linha com o crescimento da demanda de energia. Em 2018, o consumo foi de 64.400 MW médios, um aumento de 34% com relação a 2008.

Avanços no mercado livre de energia

Uma década também fez grande diferença no mercado livre de energia. Em 2018, a energia consumida no mercado livre foi 19.631 MW médios, enquanto em 2008, eram 7.117 MW médios. Com isso, a participação do mercado livre passou a ser 30,46% de toda a energia elétrica consumida no Brasil.

Esse movimento também possibilitou grandes avanços nos números de players desse mercado. O número de consumidores passou de 658, em 2009, para 5.819, em 2019 (crescimento de 784% no período). Segundo a Câmara de Comercialização da Energia Elétrica (CCEE), o número de comercializadoras também cresceu nessa década. Hoje, são 270 comercializadoras cadastradas no órgão, sendo que, em 2009, esse número era de 58.

Os próximos 10 anos…

Podemos ter a certeza de que as mudanças não vão parar por aí. Cada vez mais, vemos movimentos no setor elétrico brasileiro para tornar a matriz elétrica no país cada vez mais limpa. E a tecnologia será uma grande aliada nesse processo. O uso de baterias para armazenamento de energia, por exemplo, é uma solução que pode trazer mudanças para o setor. (Clique aqui e entenda mais).

Fontes: Dados extraídos do estudo realizado pela MegaWhat, a empresa de inteligência do grupo Comerc, que será lançada no mercado ainda em 2019.  
Câmara de Comercialização de Energia (CCEE), Operador Nacional do Sistema (ONS) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

 

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